terça-feira, novembro 20, 2007

Brinquedo antigo


Nas minhas andanças pela vasta rede, topei hoje com a versão informatizada de um brinquedo de infância - era de plástico e as peças moviam-se dentro de uma pequena bandeja. Não me lembro o nome que dávamos ao brinquedo, na verdade uma espécie de quebra-cabeças com números.
Agora é uma janela de Flash e as peças se movem para o espaço vago ao seu lado, ao clicar sobre elas com o mouse.

Encontrei duas versões. A da figura acima é do Anatoly Goroshnik.

Uma outra, com visual mais elaborado, pode ser encontrada - e até adquirida por módicos três dólares - no Flash Den.

Comecei, como pode ser visto na imagem, com um tempo de dois minutos e dez segundos, para 179 lances. Na terceira tentativa, já me sentia de volta aos velhos tempos: um minuto e 12 segundos em 95 movimentos.

Na versão em flash, os jogos só admitem as peças na ordem direta de um a quinze. Mas costumávamos fazer diversas variações: ordem inversa, na vertical, em caracol de fora para dentro e de dentro para fora.

Quem diria? Um brinquedo criado nos anos 1880 entra pelo século XXI conservado pela mágica da computação e da Internet.

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domingo, novembro 18, 2007

Cores e sabores


Sempre que monto uma salada, procuro diversificar as cores para obter contraste entre os sabores. Vale até um pouco do doce de alguma fruta entre o sal das verduras e a acidez de um molho. Comemos primeiro com os olhos e depois com a boca.
Assim também procuro colocar cores que me agradem nas configurações da área de trabalho desse meu amigo diário, o computador.

Acresce que, tanto na alimentação como no visual do micro, existem diferentes humores em diferentes épocas. Nesse final de primavera, com dias de bastante chuva intercalados pelos breves aparecimentos do sol, o humor varia também entre sustos de luz e a frieza dos ventos cortantes que trazem as chuvas.

Normalmente, e sabe muito bem quem me conhece, sou calmo e bem humorado. Não adianta nada transformar pequenos contratempos em grandes problemas, pois esses já tenho um mundo que os cria para mim.

Para equilibrar o humor e manter o foco, procuro usar cores que me agradem. De modo geral, sóbrias, com pouco contraste e combinando com o espírito da época.

Ontem, por puro 'nada que fazer' andei mexendo na paleta de cores do KDE e encontrei uns tons de cobre interessantes. São os que aparecem na figura lá do início. Estava pensando nos tons do Ubuntu Linux, que são sempre suaves e puxados para terra e acabei conseguindo um brilho metálico suave (pelo menos na minha opinião). Usei a mesma combinação para substituir por um gradiente horizontal a figura de fundo de tela. Mas acho que ficaria bem uma foto de praia em tom sépia como papel de parede. Vou experimentar isso mais tarde.

As cores podem ser obtidas pelas combinações RGB D3927A, para o tom mais claro e B68A7E para o mais forte. Na barra de título das janelas, criei uma combinação do tipo cor e mistura. Usei o mais claro para 'Barra de Título Ativa' e o mais forte para 'Mistura de Título Ativo'. Acho que no Windows vosso de cada dia esses nomes serão os mesmos, ou bem próximos.

Quando o verão chegar, volto aos tons de verde ou aos azuis mais suaves. Quem sabe crio um brilho de água-marinha para enfeitar as janelas? O humor de verão, certamente será outro...

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sexta-feira, novembro 16, 2007

Usando RSS

Faz algum tempo falei aqui sobre RSS - Really Simple Syndication: um método de coleta de atualizações em páginas da Internet e sua reunião em uma lista para facilitar a leitura.
RSS traz diversas vantagens para quem gosta de visitar sempre as mesmas páginas, ou tem preferência por determinados assuntos.
O método funciona por meio de feeds, que são reproduções de conteúdos novos ou atualizados nas páginas. Você pode escolher nos sites de jornais, por exemplo, as seções cujas notícias atualizadas serão enviadas por feeds ao seu Agregador.
Agregador é um aplicativo de computador ou um site especial de Internet que atualiza e mostra os feeds para todas as suas fontes de notícias. Google, Yahoo e AOL, além de vários outros sites, mantêm agregadores para seus usuários. Se você tem uma conta Google, por exemplo, pode, em poucos minutos, criar uma página com seus feeds preferidos.

Como isso facilita as nossas vidas na rede? Simples. Usando um agregador não é mais necessário navegar por um monte de páginas em busca do assunto que nos interessa. Poupa-nos tempo e evita distrações com anúncios e pop-ups indesejáveis.

No caso do KDE, a interface gráfica que uso no Linux, há um programa nativo chamado Akregator de fácil utilização, onde já vêm algumas fontes de notícias sobre o desenvolvimento, aplicativos e badulaques para o próprio KDE.
Facílimo criar novas fontes de notícias no Akregator. Já incluí algumas dos jornais O Dia e JB, nas áreas de esportes, cultura, tecnologia e ciência.

Incluí tanbém uma fonte desse blog, somente para verificar se está funcionando bem o Feedburner - onde sou uma das 631.270 pessoas que, até o momento, usam seu serviço grátis de feed. Para usar o serviço do Feedburner, cria-se uma conta, seguem-se as instruções para configuração (fáceis, diga-se de passagem) do feed e está pronto.

RSS também pode ser usado para atualizar o conteúdo de documentos online, facilitando o trabalho em equipe. Toda vez que um membro de um grupo atualizar um documento será emitido um feed para todos os inscritos na lista e cada um poderá baixar a versão atualizada do documento.

Já fiz uma tentativa de trabalhar com blog em uma turma do Senac. O sucesso foi pequeno, mas deu para fazer uma idéia de como pode ser útil o uso de blogs para atualização de conteúdos e comunicação rápida entre os membros de um grupo.

Já com o Akregator, estou economizando tempo na busca de notícias e selecionando melhor o que vou ler.

Na coluna ali da direita está o link para os feeds desse blogueiro que vos fala. Fácil de usar, é só marcar, dar CTRL+C para copiar e depois CTRL+V para colar na janelinha do seu Agregador...

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terça-feira, novembro 06, 2007

Barcas e nostalgia

A travessia da Baía da Guanabara entre Rio e Niterói ficou mais fácil e rápida com a construção da ponte. Mas a viagem de barca conserva seu charme - principalmente se é feita em uma das antigas e pequenas, como a Imbuhy ou a Vital Brasil.
Faz duas semanas, dei um pulo a Itaipuaçu e tive a sorte de viajar na Ipanema - uma das 'grandes', com dois mil lugares. No mesmo horário, eram pouco mais de dez horas, partia para Paquetá a Itapetininga, e as duas embracações manobrando lado a lado na saída da Praça XV eram um espetáculo na manhã de sábado, cheia de um nevoeiro fino, mas prometendo um sol de rachar para a hora do almoço.
Saquei a máquina da mochila e comecei a clicar; um total de vinte e nove fotos entre a saída do Rio e até um pouco depois do desembarque em Niterói.
Confiar no visor da câmera é um tanto perigoso. Uma foto que parece boa no visor pode apresentar defeitos na tela do computador, quando mostrada em seu tamanho normal. Então, costumo prestar muita atenção à respiração, à posição dos cotovelos junto ao corpo que funcionam como amortecedores para as vibrações dos veículos em movimento. Pequenos detalhes que ajudam, embora a maior qualidade de uma foto seja - na minha opinião - um motivo bem escolhido, enquadrado e bem iluminado.
Para o alívio de nós amadores, vivemos na era digital e não é muito difícil remover a pátina da névoa fina que ficou sobre as imagens. Depois, com um recorte bem feito, pude buscar numa parte especial da foto um detalhe interessante.
Assim fiz na foto acima. Feita originalmente em 2048x1536 pixels, recortei uma área de 1024x768 pixels - o que dá 1/4 da área original da foto. Ainda assim, permite uma impressão de tamanho razoável.
Essa parte de manipulação e recorte da imagem foi feita no Editor de Imagens do Digikam, um programa que roda em Linux.

Ah, as barcas! Na volta, já à noite, minha sorte dobrou: viajei na Imbuhy, que dessa vez não me causou enjôo, talvez porque estivesse tão encantado em poder observar uma vez ainda os detalhes dessa embarcação que data dos meus temos de adolescente (E bota tempo nisso!!!). Mas essa do enjôo é uma outra história, muito antiga por sinal...

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segunda-feira, novembro 05, 2007

A chuva

A chuva
é chata
e chove
e enche
e corre
pelo chão
e molha dentro
do meu coração

a chuva...

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Atualizando


Fiz algumas atualizações na coluna da direita, pois alguns links estavam quebrados. Aproveitei para colocar um banner - igual à imagem ao lado, que leva ao site de um grande amigo.
Jorge Sales sempre teve uma queda para as letras, mesmo sendo ótimo em Matemática. Isso prova que as ciências exatas não excluem a sensibilidade nem impedem o desenvolvimento do pensamento criativo.

Aliás, querem maior exemplo de criatividade do que o algarismo zero?

Visitem o site do Poeta e aproveitem para resfrescar a mente e o espírito.

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Alex Barros

Alexandre Barros, ou Alex Barros como vem sendo chamado há uns dois ou três anos, é um daqueles heróis que o Brasil não reconhece.
Piloto de motos com uma carreira internacional de grande sucesso, possui um record difícil de ser batido: nos quatorze anos em que disputou a categoria máxima da Moto GP, seja nas 500cc, nas 1000 ou agora nas 800 e participou de todo o campeonato, figurou sempre entre os dez primeiros ao fim da temporada.
Alex fez isso sem grandes patrocinadores, competindo na maioria dos anos por equipes satélites.
Segundo uma rápida notícia na Globo, Alex está se despedindo da Moto GP. Em sua última temporada, neste ano em que esteve na equipe Pramac d'Antin, pilotando uma Ducati 800cc, terminou o campeonato em sua pior colocação nesses quatorze anos: o décimo lugar. Na última corrida do ano, em Valencia, Espanha, obteve um sétimo lugar e nove pontos que o mantiveram à frente do piloto francês Randy de Puniet e do espanhol Toni Eias que ameaçavam sua posição no campeonato.
No final do ano passado, Alex estava otimista ao falar do contrato firmado com a Pramac d'Antin, mas a equipe acabou por não aproveitar o potencial da Ducati Desmosedici, mesma moto do campeão Casey Stoner, australiano, que corria pela equipe de fábrica. A diferença de desempenho entre as duas equipes sempre foi muito maior do que era de se esperar.
O Coelhão, como é carinhosamente chamado por seus fãs, deixa saudades e um lugar que dificilmente outro brasileiro irá ocupar, já que a principal categoria do motociclismo prefere pilotos espanhóis, italianos e japoneses - com imensos patrocínios, embora nem sempre acompanhados de muito talento.

No Brasil, a motocicleta ainda é vista como um veículo de transporte de segunda linha, e os motociclistas são confundidos com motoqueiros, moto-boys e outras denominações que demonstram os preconceitos de uma sociedade mal resolvida. Talvez por isso o motociclismo esportivo não tenha o mesmo desenvolvimento das corridas de automóveis, cujo exemplo maior é a Stock Car.

Obrigado Coelhão. Mas se resolver se divertir mais um pouquinho, arrume uma moto razoável na Superbike pois você ainda é melhor que todos daquela categoria e vai ganhar muitas corrida por lá.

A foto acima pertence à Agência Reuters de Notícias. É da época em que Barros competia pela Honda Pons, uma equipe muito melhor que a d'Antin, naqueles tempos.

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sábado, novembro 03, 2007

Na batida do tempo

E o Brasil continua o mesmo.
Atraso de avião ganhou status de estrela nos noticiosos tupiniquins; É fim de semana ou feriadão? Manda um repórter para o Tom Jobim e outro para Congonhas: notícia garantida. Viajei um bocado de avião, especialmente entre Rio e Belém. Passei por atrasos, trocas de aeronaves, conexões não programadas. Era tudo muito normal; ou pelo menos parecia.
É como enchente no Rio: Começou a chover um pouco mais forte? Manda um repórter para a Praça da Bandeira ou avenida Maracanã que vai ter o que mostrar.
Se o governo já está com um baita problema para prorrogar o imposto do cheque, isso é pouco: arruma um puxa-saco para desenterrar uma emenda pró terceiro mandato, e depois um quarto e talvez um quinto. Não importa se a emenda foi cogitada para beneficiar o Efeagá, serve pro Lula também; como fez o Chavez - o da Venezuela, não o do SBT. A 'oposição' - essa mesma que criou o imposto quando era governo - anda pescando em águas turvas, mas no último minuto vai aprovar tudo direitinho, já que tem grande possibilidade de virar governo nas próximas eleições.

Uma coisa mudou com certeza. Deletei um dos meus emails - dmaretta(at)cdevr.com.br - para evitar spam: agora podem copiar e colocar na lista, vender junto com milhares de outros em um CD, que não vai chegar nenhum email à minha caixa de entrada.

Vocês nem imaginam a quantidade e o tipo de ofertas que os spammers fazem diariamente. Desde 'Viagra direto da Pfizer' (umas três ou quatro por dia) até namorada na Rússia (umas duas por semana), passando por rWindows barato e emprego fantasma.
Vocês nem imaginam o quanto diminuiu o número de mensagens recebidas após essa simples providência.
Ora bolas, se - e quando - precisar de Viagra, vou pensar muito antes de me arriscar a ficar cego; é melhor ficar só olhando do que não poder nem apalpar. Namorada na Rússia é como conta em um banco na Lua: muito remota. Qualquer linux que eu instalar em minha máquina vai sair mais seguro, mais estável e mais barato que rWindows pirata. Quanto a emprego, graças a Deus (além da privataria das telecomunicações e da ameaça de mudança na lei das aposentadorias) já me livrei da obrigação faz mais de dez anos. Aposentei por precaução, enquanto podia. Agora, trabalho se quiser e - como sempre - só faço o que gosto.

Aliás, guardem essa frase: Quem faz o que gosta não trabalha, ganha dinheiro enquanto se diverte.

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