O computador e o livro.
A par do envolvimento com a profissão, veio o costume do computador. De início uma ferramenta de trabalho, torna-se cada vez mais um instrumento de diversão e conhecimento. Entretanto, o micro que montei com todo o carinho, com se monta um brinquedo complicado, vem tomando o lugar do livro - até como leitura.
Se não, vejamos: Para aprender alguma coisa sobre um programa, baixamos o manual em .pdf e não é preciso sequer imprimir, consultamos o texto diretamente na tela. A Bíblia já tem versão digital e abre como um livro, com padrão de capa a escolher - Evangelho Virtual. De um sítio na internet podemos baixar livros de autores cuja obra é de domínio público. (Já falei disso aqui e baixei dois livros de Lima Barreto - já que as editoras nacionais acham mais fácil e talvez mais lucrativo publicar os sidneys sheldons de talento um tanto duvidoso.)
Tenho tentado readquirir o hábito da leitura compassada, com anotações à margem, paradas para reflexão e tudo o mais que nos permita a interação com o texto, com a intenção do autor; a empatia com as personagens.
Ler um livro é a melhor maneira de adquirir conhecimento sem necessidade de viver uma experiência. (Nem sempre é apanhando que se aprende.)
Deixemos para o computador a notícia do dia, a pesquisa rápida, a comunicação fácil com os amigos e... a concisão dos blogs.
O livro é um amigo: como todos os nossos outros amigos, muda a cada vez que o (re)lemos.