quarta-feira, junho 16, 2010

a misteriosa coreia do norte

Primeiro jogo do Brasil. Nada de entusiasmar, poucas opções contra uma retranca ferrenha.O mistério da Coreia do Norte não tinha nada de novo. Defender, defender e depois tentar alguma coisa. Conseguiram um golzinho no fim e isso é que assusta: tomar um gol da Coreia do Norte.

vuvuzela x brasuca

Durante o jogo, ouvíamos aquele zumbido constante das vuvuzelas. Entretanto, notei que de tempos em tempos aparecia o som mais alto ainda e destacado de uma corneta made in Brazil. Era uma daquelas infernais buzinas de caminhão tocadas por uma bomba de bicicleta adaptada. Vuvuzela fica longe...

Espanha favorita?

Sei não. Pelo que acabei de ver no primeiro tempo, tem que mudar muito para furar o ferrolho suiço; provavelmente feito com o mesmo aço dos canivetes Vitorinox.

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terça-feira, junho 15, 2010

dia de estreia

Hoje o Brasil estreia em mais uma Copa do Mundo da FIFA com a eterna obrigação de vencer e além disso jogar bonito. Convenhamos que é uma carga muito grande para um grupo tão pequeno de pessoas. Representam a pátria de chuteiras, como bem disse Nelson Rodrigues.

Faltam pouco menos de oito horas para o jogo contra a misteriosa, mas com certeza fraca, Coreia do Norte.

A primeira vez que assisti ao vivo pela TV uma estreia de Copa do Mundo foi em 1970. Cheguei ligeiramente atrasado e a Tchecoeslováquia foi logo fazendo 1 x 0 diante do nosso espanto. Naquele jogo, começou a confirmação do que eu pressagiara ao fim do amistoso contra a Áustria, no Maracanã, quando ganhamos com um magro 1 x 0. Naquele dia, eu disse a um primo que me acompanhava: "Se o Brasil jogar desse jeito, vai ganhar a Copa." A seleção virou para cima dos tchecos e fez 4 x 1, excelentes para uma estreia e para infundir respeito nos adversários do nosso grupo e dos outro grupos também.

Ainda não senti em nossa seleção um time campeão, mas nem sempre minhas intuições vão ser as mais acertadas. Uma coisa é certa: torcerei de maneira discreta, como venho fazendo há um bom tempo. Já não há tanta emoção no jogo da bola, tão tecnológico, estudado, forte fisicamente e limitado na técnica e na arte.

A imagem no começo do post mostra as condições do tempo no Aeroporto de Jacarepaguá às sete da manhã de hoje. Cortesia do applet do tempo no Ubuntu 10.04.

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domingo, junho 13, 2010

jabulani com penas

Ainda não falei nada sobre a Copa do Mundo. Está apenas no início, mas dois lances chamaram a atenção para a atitude democrática do tradicional frango: ele não escolhe nacionalidade, nem distingue os famosos dos quase anônimos.
Nesses dois dias de Copa, aconteceram dois frangos - média de um por dia que assusta os goleiros.

Jogadores e goleiros, incluindo alguns da seleção brasileira, reclamaram muito da Jabulani1, como foi denominada a bola da Copa; que ela varia de direção, é difícil de dominar etc. Mas eu lembro que para certos jogadores, mesmo as G-18 avermelhadas da década de 1950 seriam difíceis de dominar. Geralmente, o problema está em quem tenta dominá-la e não na bola.

No jogo Inglaterra 1 x 1 EUA, o goleiro inglês Green deve ter ficado verde de vergonha ao deixar a redonda escapar-lhe entre as mãos, num frangaço histórico que deu o empate aos EUA.

Hoje foi a vez do goleiro da Argélia - cujo nome não gravei, deixar passar outro galináceo, por ter escolhido a maneira errada de tentar uma defesa fácil, quase ao final da partida contra a Eslovênia2. Resultado: Eslovênia 1 x 0 Argélia.

A Eslovênia lidera o grupo, mas os feras da crônica dão essa liderança como efêmera, pois dizem que logo os atuais líderes serão atropelados por Inglaterra e EUA.

Resta apenas acrescentar um punhado de penas às más qualidades da Jabulani.

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1 - Para o site da Rede Brasil de Notícias, Jabulani significa "aquela que traz felicidade aos povos" - uma forma bastante poética de dar nome a uma bola. Mas é uma bola de futebol! Em várias outras fontes da internet, encontramos o significado de "celebração". Para os pobres goleiros citados, vale o primeiro ou o segundo?

2 - É Eslovênia mesmo. Um pedaço da nem tão antiga Iugoslávia. Eslováquia é a metade separada da atual República Tcheca e está lá no grupo F, com Itália, Paraguai e Nova Zelândia (vai um kiwi aí?)

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