Adie o pagamento do IPTU
CIDADANIA TEM PREÇO
“É no Município que vivemos” e é dele, em última análise, que se originam qualidade de vida e oportunidades de futuro. Daí porque deve ser o campo principal de nossas lutas.
O município do Rio de Janeiro, apesar de constituído por regiões completamente diferentes, em seus mais diversos aspectos – sociais, culturais, econômicos – conta com um governo que, finalmente, conseguiu a proeza da homogeneização da cidade: estamos TODOS em péssima situação, qualquer que seja o ângulo de análise.
De Botafogo a Santa Cruz transitamos por verdadeiras escadas em que nossas vias públicas foram transformadas; a sinalização das ruas está mal conservada e encoberta por vegetação. A poda de árvores foi abolida, as praças e parques transformados em terrenos baldios e a iluminação pública decresce dia-a-dia, contribuindo para o aumento da insegurança.
Pardais batem as carteiras de quem se aventura por caminhos não habituais e beneficiam malfeitores dentro e fora da máquina pública.
Repetindo prática iniciada pelo Prefeito em sua gestão anterior, obras públicas indolentes infernizam os bairros há dois, três anos, aguardando o momento de induzir uma sensação de alívio quando da retirada pré-eleitoral dos obstáculos à livre circulação de veículos e pedestres.
As filas para matrícula nas escolas e para atendimento na rede de saúde refletem o absoluto descaso com o cidadão.
Desnecessário seguir listando as mazelas a que os cariocas estão submetidos já que todos as sofremos dia e noite, há anos. Só não é possível deixar de citar a ameaça da favelização consentida que atinge todas a cidade. O Prefeito finge ignorar que o pequeno agrupamento inicial, que aparentemente soluciona o problema da falta de moradia, transforma-se, a partir de um determinado porte, em problema insolúvel que infelicitará para sempre, tanto os pretensos beneficiários da “solução” quanto os que vivem em suas cercanias.
Somos, enfim, seis milhões de pessoas a atrapalhar a relação do Prefeito com seu computador e as conversas com seus botões...
Se os cidadãos (ou pelo menos, grande parte deles) deixarem de pagar o IPTU, poderemos impedir os gastos eleitoreiros característicos dos finais de gestão Maia e atrapalhar as candidaturas (inclusive o futuro de seu esquisito rebento) destinadas a garantir a retaguarda do indigitado Prefeito que sai. Corremos o risco de, mais à frente, (quem optar pelo pagamento em novembro, ainda dentro do prazo legal, arcará com juros de mora de 24,75%) em janeiro de 2009, termos que fazer o pagamento com multa, mas... será o preço da cidadania! Por outro lado, serão recursos adicionais que reservaremos para o novo Prefeito a ser eleito em outubro. Se formos minimamente competentes como eleitores, ele será muito melhor que este.
Cabe lembrar também que poderemos negociar com os candidatos, durante a campanha eleitoral, a anistia das multas e juros de mora...
A parte mais sensível do corpo humano ainda é o bolso... Quando está vazio, dói mais que topada e canelada...
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