segunda-feira, novembro 05, 2007

Alex Barros

Alexandre Barros, ou Alex Barros como vem sendo chamado há uns dois ou três anos, é um daqueles heróis que o Brasil não reconhece.
Piloto de motos com uma carreira internacional de grande sucesso, possui um record difícil de ser batido: nos quatorze anos em que disputou a categoria máxima da Moto GP, seja nas 500cc, nas 1000 ou agora nas 800 e participou de todo o campeonato, figurou sempre entre os dez primeiros ao fim da temporada.
Alex fez isso sem grandes patrocinadores, competindo na maioria dos anos por equipes satélites.
Segundo uma rápida notícia na Globo, Alex está se despedindo da Moto GP. Em sua última temporada, neste ano em que esteve na equipe Pramac d'Antin, pilotando uma Ducati 800cc, terminou o campeonato em sua pior colocação nesses quatorze anos: o décimo lugar. Na última corrida do ano, em Valencia, Espanha, obteve um sétimo lugar e nove pontos que o mantiveram à frente do piloto francês Randy de Puniet e do espanhol Toni Eias que ameaçavam sua posição no campeonato.
No final do ano passado, Alex estava otimista ao falar do contrato firmado com a Pramac d'Antin, mas a equipe acabou por não aproveitar o potencial da Ducati Desmosedici, mesma moto do campeão Casey Stoner, australiano, que corria pela equipe de fábrica. A diferença de desempenho entre as duas equipes sempre foi muito maior do que era de se esperar.
O Coelhão, como é carinhosamente chamado por seus fãs, deixa saudades e um lugar que dificilmente outro brasileiro irá ocupar, já que a principal categoria do motociclismo prefere pilotos espanhóis, italianos e japoneses - com imensos patrocínios, embora nem sempre acompanhados de muito talento.

No Brasil, a motocicleta ainda é vista como um veículo de transporte de segunda linha, e os motociclistas são confundidos com motoqueiros, moto-boys e outras denominações que demonstram os preconceitos de uma sociedade mal resolvida. Talvez por isso o motociclismo esportivo não tenha o mesmo desenvolvimento das corridas de automóveis, cujo exemplo maior é a Stock Car.

Obrigado Coelhão. Mas se resolver se divertir mais um pouquinho, arrume uma moto razoável na Superbike pois você ainda é melhor que todos daquela categoria e vai ganhar muitas corrida por lá.

A foto acima pertence à Agência Reuters de Notícias. É da época em que Barros competia pela Honda Pons, uma equipe muito melhor que a d'Antin, naqueles tempos.

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