sábado, março 24, 2007

Semana 12

Semana 12
o → Em primeiro lugar, não houve post da semana 11 porque a barra estava pesada de trabalho. Voltando às aulas...

oo → Aliás, a semana 11 foi uma das mais comuns nesse ano em que a violência finalmente ficou corriqueira e a indignação da tal sociedade com os crimes mais bárbaros não dura mais de três dias. Infelizmente - para nós vítimas consumadas ou potenciais.

ooo → Passo na pracinha que fica na esquina de Dias da Cruz com Silva Rabelo e vejo uma cara conhecida: o cantor Fernando Lélis, à sombra parca de uma barraca de praia verde, um aparelho de som sobre uma mesinha e dois cartazes com jeito de terem sobrevivido aos bons tempos, toca seus CDs com canções bregas interpretadas por sua voz que soa ainda clara e afinada - apesar da qualidade duvidosa da pobre aparelhagem.
Olhamo-nos e ele faz uma mesura elegante do alto dos seus um metro e oitenta e tantos. O som toca uma música que também foi gravada, se não me falha a RAM, por Orlando Dias e termina com a desesperada confissão: 'tenho ciúmes até, da roupa que tu vestes'.
Não sei se o Fernando sabe, mas a Americanas Ponto Com vende um disco com vinte dos seus maiores sucessos por pouco mais de doze reais. O disco é editado pela EMI. Tenho vontade de voltar lá e perguntar.
A pracinha? Chama-se Agripino Grieco, mas duvido que alguém mais - além do carteiro - se preocupe em guardar essa informação.

o → O Kaffeine reproduz nesse momento 'Only Yesterday' na voz inconfundível de Karen Carpenter.

oo → Aproveitando o momento de brega total, quero fazer uma ressalva: com sua temática voltada para as desilusões de amor e a dor de cotovelo, as letras dessas canções são muito bem feitas se as compararmos com as cantadas mal alinhavadas dos pagodeiros atuais.

ooo → Mais uma derrapada do presidente: Chamar os usineiros de 'heróis' só pode ser fruto de uma empolgação de momento, ou de um improviso infeliz. Quantas vezes tivemos que arcar com aumentos inesperados no preço do açúcar? Aumentos criados pela ganância desses mesmos 'heróis' que estão pouco se lixando para o povo brasileiro. A fabricação de carros com motores movidos a álcool estava decrescendo de ano para ano, devido à insegurança dos compradores em face das manobras desses mesmos 'heróis', que chegaram a provocar aumentos artificiais no preço da gasolina para equilibrar as contas da Petrobrás.
O álcool só está aparecendo como opção nos tanques dos carros atuais devido à solução esperta dos fabricantes: os motores 'flex'. Nesse caso, 'flex' quer dizer mesmo é que podemos escolher entre consumir mais ou menos álcool ou abastecer apenas com gasolina (onde já existe um percentual de álcool misturado). Assim, o consumidor pode controlar na bomba a ganância dos 'companheiros heróis'.

E, cá entre nós, tenho minhas dúvidas sobre o álcool, ou metanol ser uma opção de energia limpa. Ainda se fazem muitas queimadas para facilitar a colheita da cana. Quanta água é gasta no processo de obtenção do metanol?
Vamos transformar o Brasil em um imenso canavial para abastecer os carros dos gringos?

Sei não. Isso me cheira a uma versão moderna das banana republics.

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