sábado, março 13, 2010

Parada na serra

Quinta-feira. Segue o ônibus serra acima, rumo ao Grajaú, quando um carro parado em uma curva faz com que paremos. De fora ouço alguém demandar; "Para! Para!". O motorista aciona o freio de estacionamento e salta pela porta da frente. O ruído do freio a ar parece um estalo seco e a moça no último banco atira-se ao chão, com medo de alguma bala perdida. Estou olhando pela janela e um motoqueiro, parado na pista de descida, olha para a estrada do lado de cá, à frente do ônibus. Chego à conclusão de que não há qualquer perigo. Talvez um motoqueiro caído ou outro acidente.
Daí a pouco, um rapaz atravessa a estrada em direção à pista de descida, atravessa-a e leva - segura pelas costas - uma pequena preguiça. Chega à borda da mata que margeia a pista e coloca o bichinho em um arbusto; não sem levar uma arranhão do 'mal-agradecido'.

É provável que a preguiça tenha tentado atravessar a estrada para o lado de cima da serra, porque na mata abaixo da estrada ocorreu uma invasão de jaqueiras. Uma jaca deixada à beira da estrada, há uns vinte cinco a trinta anos atrás teve sua descendência espalhada serra acima, junto à margem da estrada. Preguiças não comem folhas de jaqueiras; o bicho em questão deve ter visto árvores de um verde apetitoso do outro lado da estrada e simplesmente tentou atravessá-la.

Afinal, a grama no quintal do vizinho é sempre mais verde...

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