quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Verdadeiro Autor

Recebo email do velho amigo Bonard, com um apelo da autora de um poema que vem circulando na Internet como obra de Chico Buarque.
Sempre desconfio de textos atribuídos - por exemplo - a Luiz Fernando Veríssimo ou em outros casos a Arnaldo Jabor. Nestes casos, pode haver simplesmente a intenção de dar maior credibilidade e força de convencimento ao texto - se bem que no caso do Jabor o efeito possa ser contrário.
No caso que me reporta o velho amigo, está a autora - Fátima Irene Pires, somente a pedir que lhe seja dado o devido crédito. Não creio que o poema perca seu conteúdo nem sua beleza por não ter sido escrito por Chico Buarque. Aliás, se pusermos nosso desconfiômetro em alerta, vamos notar que o estilo não é do Chico.
Se não, vejamos:

Solidão

Fátima Irene Pinto


Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos
pela ausência de entes queridos que não podem
mais voltar...
isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente
se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos...
isto é equilíbrio.

Tampouco é a pausa involuntária que o destino
nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a
nossa vida...
isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão, pela nossa Alma!

Página 79 do Livro
Palavras Para Entorpecer o Coração


(Repasse com os devidos créditos)

Visitem a página de Fátima Irene Pinto. Há muito mais que solidão por lá.

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