sexta-feira, novembro 26, 2004

Easy Rider em Sampa.

Há trinta e cinco anos foi lançado o filme Easy Rider dirigido por Denis Hopper e protagonizado por ele mesmo e Peter Fonda. A história de uma viagem de motocicleta que começava em Los Angeles e deveria terminar em New Orleans, em pleno Mardi Gras, o equivalente deles ao nosso Carnaval. Lembro bem da época, pois foi no ano em que nasceu meu filho mais velho (por coincidência no mesmo dia em que Pelé fez seu milésimo gol). As motos da moda eram as Harley-Davidson, possantes, vistosas, exatamente o que viria a se chamar no futuro de sonho de consumo.
Jamais tive uma moto e o maior e único passeio que fiz em uma delas não passou de uma carona, num trecho de uns oitocentos metros, quando saltei para pegar o ônibus. O Sérgio, que me deu a tal carona, e eu trabalhávamos no mesmo lugar, mas ele chegou meia hora antes. Sempre achei as motos um meio de transporte muito inseguro.
Vejam agora alguns números sobre as motos e os motoqueiros em São Paulo: Uma reportagem da revista Quatro Rodas lista 363 mortes em acidentes, em um ano; 60 tombos atendidos pelos bombeiros, por dia; 150.000 motociclistas que usam seu veículo no trabalho, rodando em média 200 quilômetros em 14 a 15 horas, por dia. Não pesquisei os números no Rio de Janeiro, mas devem ser, guardadas as proporções, os mesmos.
As motos continuam a ter seu charme. Muitas pessoas as usam para seu lazer, outras por esporte. É inegável a sensação de liberdade, de poder encarar qualquer caminho, de chegar mais rápido e ir, literalmente, mais longe.
Entretanto, as coisas quando mudam é quase sempre para pior. Depois de trinta e cinco anos, continua tudo na mesma, Easy Rider morre no final...

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