sexta-feira, novembro 12, 2004

De raposas, lobos e bichanos.

Um caso de corrupção revelado há poucos dias nos mostra como a índole humana pode ser perversa: policiais rodoviários federais, inclusive um que ocupou cargo de chefia, davam proteção a quadrilhas que adulteravam combustíveis e os vendiam sem notas fiscais. Parece que um conhecido político de Jacarepaguá está envolvido no caso, pois já está confirmado que o mesmo é sócio de um dos presos, não por acaso seu assessor parlamentar.
Isso me lembra uma frase da sabedoria popular: não se põe uma raposa para tomar conta das galinhas.
Animais, ao contrário de humanos, costumam ser fiéis primeiramente aos seus instintos, e depois a algum treinamento que lhes é dado; cães pastores, por exemplo, não se aliam aos lobos para comer as ovelhas.
Já os gatos, isso é outra estória. O Juca, por exemplo, começou um lindo filhote, curioso e logo acostumou com o pessoal da casa e o aconchego do sofá.

Juca, filhote.

Cresceu rápido. Em poucos meses já estava maior que o Yorkshire e achou que podia transformá-lo em uma espécie de objeto para treinamento. Tocaiava o pobre canino pelos corredores, pulando sobre ele com unhas e dentes, que embora não tivessem a intenção de machucar, provocavam na vítima ganidos de susto e sofrimento.
Um dia, enquanto obedecia aos seus instintos de caçador, foi flagrado em cima da gaiola do Zezinho, um canário salsa que é o queridinho da patroa.
Como resultado, foi o Juca em exílio para a casa da praia. Agora só o vemos de tempos em tempos, mas continua o mesmo: gosta de colo, dorme cedo, só come ração e adora brincar com crianças.
Confirmou algo que eu dissera quando ainda era um filhotinho: "Não vai dar certo esse negócio de gato viver numa casa onde tem um canário". Mas parece que a patroa nunca viu um desenho de Frajola e Piu-piu.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home