quinta-feira, outubro 28, 2004

As coisas mudam...

Muito se diz sobre o 'aquecimento global' e seus efeitos. Se é uma mudança cíclica, como preparação para a muito provável nova Era Glacial - estas parecem ocorrer em ciclos de uns 11.000 anos - não há muito que a Humanidade possa fazer para evitar.
Se é uma consequência da agressão do Homem à natureza, ainda há tempo para corrigir, mas certamente muito pouco será feito, antes que seja tarde demais.
Pode parecer estranho falar em Era Glacial depois de um aquecimento em todo o globo terrestre, mas existe uma razão para isso: uma das consequências do aquecimento é a ocorrência de invernos cada vez mais rigorosos, além dos verões chuvosos. Parece que no fim, ganha o frio, pelo efeito do excesso de água evaporada e de partículas sólidas na atmosfera.
Entretanto, não devemos nos preocupar com algo que vai acontecer dentro de alguns milhares ou, pelo menos, algumas centenas de anos. Devemos apenas fazer a nossa parte na conservação da natureza - o que é muito pouco frente ao descaso das grandes corporações e dos governos das grandes potências econômicas. Não adianta, por exemplo, esperar que os EUA venham a diminuir seus níveis de emissão de poluentes, quando sua economia e o bem estar de seu povo dependem de um modelo industrial arcaico e pouco determinado a mudar. O quê dizer então da China. É mais de um quinto da população do mundo para alimentar e não há tempo para fazê-lo em condições menos agressivas ao meio-ambiente.
O único país de grande população que está preparando um modelo de desenvolvimento mais, digamos, ecológico é a Índia, embora isso lhes proporcione um progresso lento. Mas as bases religiosas do pensamento hindu proporcionam uma atitude positiva frente às adversidades naturais ou de qualquer outra origem. Seu devagar os levará certamente bem longe.
No cômputo geral, se somadas a União Européia, os EUA, China, Japão, as nações do sudeste asiático, e o que sobrou da União Soviética, veremos que muito pouco tem sido feito para evitar o que se apresenta como uma futura catástrofre mundial.
Um exemplo simples: todos sabem que o petróleo vai acabar (poucos sabem exatamente quando), mas as pesquisas para a substituição do petróleo por um tipo de combustível eficiente e limpo andam a passo de cágado. Há talvez uma preocupação maior em patentear processos e ganhar muito dinheiro com isso, do que apoioar financeiramente os diversos projetos em andamento.
No Brasil, guardam-se a sete chaves os segredos do desenvolvimento do bio-diesel, considerado uma solução que traria grandes lucros ao país. Sem falar na briga dos americanos para descobrir como nossos técnicos desenvolveram um método mais barato que o deles para enriquecer Urânio. A energia atômica, embora a mais perigosa e suja de todas as fontes em uso no planeta, ainda é de imensa importância, principalmente por permitir a fabricação de bombas.
Imagino quem será o último ser humano a contemplar com admiração um lugar como este:



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Finalmente, que motivo me leva a escrever sobre uma preocupação tão distante da realidade imediata, do meu dia-a-dia? Talvez seja uma tentativa de me desligar de algo que me atormenta nesse exato instante...

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