As coisas mudam
Faz um bom tempo, em um típico Dia das Mães lá pelos anos setenta, reuníamos irmãos, noras, netos em um grande almoço na casa dos meus pais e havia muito barulho na conversa em redor da mesa. Depois do almoço, ouvíamos música, ou assistíamos à TV que já começava a ter cores. Telefone só haviam os fixos da Telerj ou Cetel e difíceis de adquirir, pois o governo não investia na expansão da rede e as linhas eram caras. Comunicação sem fio era coisa de radioamadores com seus PY em voz ou o velho Morse. O grande amigo de todos os dias era o rádio. Eu ouvia muito a falecida Rádio Tamoio AM, uma espécie de Antena Um da época com seu lema: "Música, exclusivamente música". Esse lema chegou a ser tão popular quanto o da Rádio Relógio Federal: "Cada minuto é um milagre que não se repete".
Vida que segue e no último domingo - Dia das Mães - estava eu na casa de uma da minhas filhas e fiquei a observar em dado momento os três - ela, a irmã e o irmão mais velhos a trocar imagens, toques musicais e pequenos clips entre seus celulares, usando tecnologia Bluetooth. Todos achando muito comum ter celular, usar computador diariamente, trocar recados pelo orkut, etc...
Fiquei ali pensando no tempo em que o telefone de casa era uma linha compartilhada, comprada a prestações que nunca terminavam, a TV a cores tinha ainda um daqueles seletores de canais giratórios e meu computador era um TK-85 da Microdigital, com 10 kbytes de ROM e 16 kbytes de RAM. Foi onde aprendi alguma coisa de Basic e tomei gosto por essas maravilhosas máquinas. Ter um bichinho daqueles era então muito raro, mas eu já previa um desenvolvimento muito grande dos computadores pessoais e aproveitei a oportunidade de aprender algo mais sobre eles.
As coisas mudam... e se você ficar parado o mundo te atropela.
Vida que segue e no último domingo - Dia das Mães - estava eu na casa de uma da minhas filhas e fiquei a observar em dado momento os três - ela, a irmã e o irmão mais velhos a trocar imagens, toques musicais e pequenos clips entre seus celulares, usando tecnologia Bluetooth. Todos achando muito comum ter celular, usar computador diariamente, trocar recados pelo orkut, etc...
Fiquei ali pensando no tempo em que o telefone de casa era uma linha compartilhada, comprada a prestações que nunca terminavam, a TV a cores tinha ainda um daqueles seletores de canais giratórios e meu computador era um TK-85 da Microdigital, com 10 kbytes de ROM e 16 kbytes de RAM. Foi onde aprendi alguma coisa de Basic e tomei gosto por essas maravilhosas máquinas. Ter um bichinho daqueles era então muito raro, mas eu já previa um desenvolvimento muito grande dos computadores pessoais e aproveitei a oportunidade de aprender algo mais sobre eles.
As coisas mudam... e se você ficar parado o mundo te atropela.